Exclusivo

Opinião

O “choque de Trump”

Na pandemia concluímos que alguma deglobalização era inevitável. Confirmamos, quando estamos nas mãos de um único homem. Varoufakis compara isto ao “choque de Nixon”, quando Bretton Woods foi abandonado. Também parecia caótico

O cálculo das tarifas de Trump não resulta das que são cobradas por outros países, mas da extensão do défice comercial dos EUA com esses parceiros comerciais. Por isso, Trump diz que a UE lhe cobra 39%, apesar de andar pelos 3%. O modelo faz tão pouco sentido que, diz Paul Krugman, parece tirado de uma resposta do ChatGPT. Um dos países mais protecionistas, o Brasil, fica com tarifas de 10%, e pequenos países produtores de café ou baunilha, que os EUA nunca irão produzir na quantidade que consomem, terão de pagar cerca de 50%. Esta discricionariedade, associada ao modo circense como foi apresentada, leva a que um debate complexo desça ao nível de Trump na sua simplificação moral e política.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: danieloliveira.lx@gmail.com

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate