O que pesará mais no resultado final da AD, os portugueses que avaliam positivamente a governação e estão-se a marimbar para eventuais desvios éticos ou os portugueses que, mesmo dando nota positiva ao governo, não acham aceitável o facilitismo? A falta de transparência foi, e vai continuar a ser, o principal foco de instabilidade. O resultado da Madeira mostra que o eleitorado privilegia a estabilidade
O primeiro-ministro, que jurou a pés-juntos ter esclarecido tudo o que havia para esclarecer no caso Spinumviva e avisou que só voltaria a responder a quem fosse “mais transparente” do que ele, afinal, encontra sempre mais esclarecimentos para dar, como se comprova pela “amostra” (palavra do próprio jornal) da documentação que cedeu ao Observador. Isso, e mais uns pozinhos, permitiu-lhes concluir que os serviços foram prestados pelo preço de mercado. Para eles, está tudo explicado, a dificuldade foi ultrapassada, siga para bingo. É tudo tão fácil que até Pedro Duarte tuitou: “parece que afinal nem 15 dias era[m] preciso[s] para a CPI chegar a conclusões”. Já tinham dito o mesmo, antes da operação Observador. O ministro dos Assuntos Parlamentares parece ter em fraca consideração o trabalho do Parlamento, ignorando que uma Comissão Parlamentar de Inquérito:
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