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Opinião

Sobre a integridade na vida pública

Portugal precisa de um órgão independente com competências em matéria de integridade pública. A legitimidade deste órgão dependeria da sua composição e nomeação

No espaço de um ano, a República perdeu dois Governos democraticamente eleitos por questões de integridade. Este fenómeno não é acidental e revela fragilidades estruturais no escrutínio ético das funções públicas. Não pretendo analisar o caso concreto que conduziu à mais recente crise. Não o fiz com o Governo anterior, não o farei agora. Em ambos os casos houve erros e oportunismos de vários lados. Mas não podemos continuar a passar por situações destas sem extrair lições institucionais para o futuro. As duas situações revelam uma cultura política mal equipada para lidar com as expectativas cidadãs de transparência. Esta instabilidade ocorre sem mecanismos institucionais adequados. Cada crise é tratada de modo casuístico, em função das sensibilidades dos atores políticos e das pressões mediáticas do momento.

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