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Opinião

Um homem desesperado atira o país para o lodo

Montenegro sempre quis eleições e escolheu as suas falhas para as provocar. A campanha será sobre os seus negócios. O PSD vai atirar-se para o lodo, em nome da sobrevivência de um homem desesperado. No passado, o PS cometeu o mesmo erro. Ficou uma profunda cicatriz na sua história

Muitos perguntam porque Montenegro não fez o que tinha feito com a polémica sobre a sua casa. Talvez não possa. Quando se queixou, perante as primeiras perguntas a que não respondeu, que as suas respostas nunca seriam suficientes, é provável que soubesse que o suficiente não seria bom para ele. Mas o que sabemos chega. A Spinumviva é de Montenegro. O facto de anunciar, depois de se ter “desvinculado”, que as quotas da mulher iam para os filhos foi a enésima confissão de propriedade. Do que sabemos, a empresa não tem serviços especializados internos, instalações, material, site, telefone próprio, quadro de pessoal ou investimento. Subcontrata, pagando 11% da faturação a quem realmente presta o serviço e não precisaria dela para o fazer. O seu negócio são os contactos de Montenegro, que não tem uma vida empresarial, tem rendas. Usando uma expressão de Pedro Nuno Santos, na quarta-feira, não é “uma empresa a sério”, é um avatar do primeiro-ministro, que ficou no âmbito familiar para contornar o dever de exclusividade. Não existe para além dele.

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