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Opinião

É a classe, estúpido!

Diz-se que os democratas abandonaram os trabalhadores brancos, mas o que toda a gente ouve é “brancos”, não “trabalhadores”. Mesmo quando a condição social supera a identitária e trabalhadores hispânicos e negros votam como os trabalhadores brancos. As respostas que temos dado não resultam. Talvez as certas sejam as que esquecemos

“Trump ganhou entre os hispânicos porque eles se preocupam com a segurança, com a economia, com os temas de que se fala à volta da mesa da cozinha”, disse, no encerramento da noite eleitoral da CNN, David Urban, conselheiro de Trump na campanha de 2016. Van Jones, advogado de direitos cívicos e democrata, respondeu-lhe com as afro-americanas magoadas por não assistirem à vitória de uma delas, com os trans e com os imigrantes indocumentados. Disse, com razão, que não será a elite a pagar o preço desta eleição. Mas não concedeu na parte em que o republicano tinha razão: sendo brancos, negros, hispânicos ou homossexuais, os americanos que fizeram a diferença, votando em Trump ou ficando em casa, fizeram-no por causa da economia, dos salários, das contas para pagar. Aquilo de que a esquerda costumava falar.

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