Exclusivo

Opinião

Israel: nunca a liberdade de um corrupto custou tantas vidas

Depois de fazer a guerra, Netanyahu não tem paz para oferecer. Só mais guerra. O seu objetivo era puxar o Irão para um envolvimento direto e, com isso, trazer os EUA para dentro do turbilhão. Está a conseguir. A luta nunca foi pela segurança de Israel ou pela libertação dos reféns. Estas guerras são a sua fuga da prisão. Só precisa de mais cinco semanas, esperando a vitória de Trump, o amigo que partilha com Putin

Há décadas que a guerra entre Israel e a Palestina não é uma guerra de fronteiras. É uma guerra colonial. Porque a relação é colonial. Basta olhar para o que se passa na Cisjordânia. Como é habitual nas relações coloniais, a insurgência é terrorista, a violência do Estado contra ela é defesa legitima em nome da segurança das populações. Atentados palestinianos são terror, que nenhuma pessoa civilizada pode deixar de condenar. Pagers a explodir em supermercados e a matar civis e crianças que estejam perto do operacional, são uma operação que, independentemente de algumas críticas éticas, não se pode deixar de admirar pelo engenho. O colono é racional na sua guerra à distância, o colonizado é selvagem na sua barbárie sangrenta.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: danieloliveira.lx@gmail.com

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate