Depois de Sarmento dizer que o fundamental do OE não está em negociação, o PS deveria pôr-se de fora. Do pormenor trata-se na especialidade, conhecendo o OE. Deixava para outubro a decisão do voto. Agora, se votar contra é intransigente, porque o Governo até negociou. Se viabilizar, este será o seu OE, porque o negociou previamente. Para isto, mais valia viabilizar às cegas e ficar com espaço para fazer oposição
Marcelo montou uma encenação política, juntando a promulgação de diplomas sem relação, criando suspense e fazendo saber que havia uma leitura política da sua decisão. Na verdade, só haveria notícia se o Presidente vetasse. A mensagem seria que ele recusa que o Parlamento aprove medidas que afetem o próximo OE contra a vontade do Governo. Estaríamos perante uma inversão do sistema constitucional, dando, na prática, poder de veto ao Governo sobre as decisões do Parlamento. Incluindo em questões fiscais, que são reserva da Assembleia. Marcelo secundaria a ideia de Montenegro de que os deputados devem lealdade ao Governo e não o oposto.
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