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Opinião

Chamar os boys pelos nomes

Os cargos de topo são para distribuir jogo pela clientela. Há uma rede de empregos, contactos, parcerias e negócios a tratar. Não é novo, mas a pressa é maior. Ao fim de oito anos, a fome é cega. E nestas circunstâncias políticas, ninguém quer esperar para saber quanto tempo terá para o assalto ao Estado. Não dá para deixar que os mandatos acabem

Podia-se assumir que, chegado um novo Governo, os mandatos dos cargos de nomeação política interrompem-se para dar lugar a pessoas da sua confiança. Não é a tradição das democracias mais maduras — mesmo em Portugal, tivemos o mesmo diretor-geral de Saúde com Sócrates, Passos e Costa —, onde confiança não se confunde com cartão partidário, mas ao menos seria claro. Até porque, se um Governo nomeia com critérios partidários, é difícil o seguinte não manter o círculo vicioso. Mas, seja qual for a razão para substituir quem está à frente de serviços, há regras básicas: respeito profissional e clareza nas motivações.

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