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Opinião

A vitória quase invisível do Chega

Dois partidos do “sistema” a fazerem um acordo para partilharem uma cadeira é a imagem perfeita para o Chega, que estava pressionado. Por mais asneiras que faça, o PSD sabe que conseguirá prender o PS à “responsabilidade” de o suportar e entregar a oposição ao Chega, que tem os dois, PS e PSD, tão junto como os queria

Quanto à análise do que aconteceu na última terça-feira, remeto para o texto de ontem. Ao apresentar Francisco Assis como candidato à Presidência da Assembleia da República, depois de um acordo furado entre o PSD e o Chega, o PS tinha conseguido que a pressão ficasse onde tinha de estar: nos dois partidos que assumiram ter uma maioria e depois se desentenderam.

Mas, apesar da pressão estar sobre o Chega, foi o PS que não a aguentou. Chamado a resolver os problemas a Montenegro quando Ventura lhe falha, era evidente que assumiria o papel de “adulto na sala”, como o discurso político pueril gosta de dizer, amarrando-se ao papel que já se percebeu que terá. Se tem agora, quando não está em causa nada de fundamental para os cidadãos, imaginem quando for a sério. O que eu não esperava é que juntasse à mera desistência da sua candidatura, que ficou em primeiro duas vezes, um acordo absurdo.

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