Por entre regras obsoletas e interesses obscuros, Guterres apenas pode esperar meias vitórias, críticas e muitas frustrações. Ser secretário geral da ONU é mesmo um dos trabalhos mais difíceis do mundo. É pois estimulante ver um português a executá-lo com tanta convicção. Num tempo de escassas referências, o humanismo que tem evidenciado torna-se ainda mais relevante
Trygve Haludan Lie, o norueguês que foi o primeiro secretário geral da ONU, disse uma vez que este era o trabalho mais difícil do mundo. Desconfio que António Guterres assina por baixo. Imagine, caro leitor, o que é gerir interesses de 193 países, procurar solucionar os grandes problemas do mundo, como guerras e fomes, tudo isto com uma estrutura pesada, com vários interesses pouco claros, e um conselho de segurança que, graças ao direito de veto dos membros permanentes, tanto pode travar uma intervenção armada, quanto um cessar fogo humanitário.
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