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Opinião

Kissinger: para além do bem e do mal

O embaixador do Chile nos EUA escreveu que o seu “brilho histórico nunca conseguiu disfarçar a sua profunda miséria moral". Kissinger foi um criminoso de guerra e um inimigo da democracia sempre que ela pôs em causa os interesses do Império. Mas por ter sido um dos seus mais brilhantes observadores participantes e teóricos, é fundamental para perceber a lógica imperial. De que foi servidor, não arquiteto

Custa-me a agressividade contra qualquer figura pública no dia da sua morte. Esse dia deve ser reservado aos que gostavam da pessoa que parte. Ainda assim, quando a personagem é internacional e de grande relevância, reduz-se o risco das pessoas que sofrem com a sua morte chegarem sequer ao que dizemos ou escrevemos. Permiti-me, por isso, a maior liberdade no dia da morte de Henry Kissinger, mantendo, no entanto, a elegância necessária. Escrevi, na sempre frustrada esperança da eficácia da subtileza, numa rede social: “Henry Kissinger foi um homem brilhante. O que o mundo perdeu com isso são outros quinhentos.”

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