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Opinião

Vigaristas que não sabem vigarizar

Vigaristas que não sabem vigarizar

Não percebo o fascínio com o ChatGPT, que é o organismo mais aborrecido com que já tive oportunidade de trocar impressões

Quando li a notícia segundo a qual um professor da Universidade do Porto tinha pedido um trabalho a 50 alunos do 1º ano e recebeu textos impecáveis, sem gralhas nem erros ortográficos, descobrindo assim que os alunos tinham encomendado os trabalhos ao ChatGPT, fiquei preocupado. Preocupado e indignado. São alunos universitários. O futuro de Portugal. E fazem uma coisa destas. Não têm o discernimento de acrescentar uma gralha aqui, colocar mal uma vírgula acolá, de modo a camuflar o facto de o texto ter sido escrito por uma máquina. Que esperança podemos ter num mundo melhor se os homens e mulheres de amanhã não possuem a mais básica capacidade de enganar professores? Com que competências vão enfrentar o mercado de trabalho e a vida em geral? Esta geração está perdida. No meu tempo era uma sebenta de apontamentos para três. E nos exames tínhamos de conseguir disfarçar que estávamos todos a copiar pelo Mendonça. Estes miúdos de agora não querem esforçar-se para nada.

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