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Os doentes não têm estado à altura do SNS

Os doentes não têm estado à altura do SNS

Os médicos insistem em queixar-se das horas extraordinárias, o que é um sinal de má vontade. Se a regra é haver horas extraordinárias, elas deixam de ser extraordinárias. Está na palavra: o que é habitual não é extraordinário

Segundo o director-executivo do SNS, este vai ser o pior mês da história do Serviço Nacional de Saúde. O SNS nasceu há 44 anos, foi crescendo, envelheceu, e agora, segundo parece, agoniza. É um sistema moderno mas tem a esperança de vida de um europeu do século XII. Após quatro décadas de investimento, aperfeiçoamento e desenvolvimento tecnológico, o SNS chegou ao ponto mais baixo. Ao que tudo indica, o dinheiro e o progresso deram cabo do sistema. Talvez seja melhor reduzir o orçamento para a saúde e voltar aos tratamentos com sanguessugas, a ver se recuperamos a glória do passado. Assim, com o maior orçamento de sempre, já se percebeu que não dá. Há urgências fechadas e pessoas a dormir à porta de hospitais para conseguirem ser atendidas. Em algumas especialidades, a lista de espera pode ultrapassar dois anos. Até certo ponto, é normal. Como se sabe, os estudantes que querem entrar em medicina têm de obter notas altíssimas. É justo que os doentes também tenham de fazer um esforço grande para conseguir uma consulta.

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