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Opinião

Alienação orçamental

Alienação orçamental

Sebastião Bugalho

Eurodeputado eleito pela AD

O Orçamento para 2024 não é uma má proposta. A sua discussão, envolta em provocações e picardias, não perdeu um minuto a pensar nos portugueses

Não é a primeira vez que a discussão sobre o Orçamento do Estado para o ano seguinte é feita em contraciclo com o que esse ano realmente será. Em 2021, o Governo apresentou uma proposta de OE para 2022 assente em investimento público e apoios para o pós-covid. Nesse outono, motivado pelas eleições locais, o Partido Socialista empunhava uma bandeira: a ‘bazuca’ do PRR. Apesar dos sinais na inflação, que já ultrapassava a meta de 2% do Banco Central Europeu, o debate resumiu-se a promessas e divergências sobre a aplicação dos fundos e às ajudas para os mais carenciados. Sobre os riscos de inflação, nem uma palavra do Governo, da oposição ou sequer do BCE, que adiaria a subida das taxas de juro quase 12 meses. Era, à data, um tema tão descabido quanto uma guerra no Leste do continente. E, na véspera da maior crise inflacionista em três décadas, a classe política entreteve-se ironicamente com a ideia de injetar dinheiro na economia.

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