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Opinião

António Guterres está do lado do humanismo, não do terrorismo

António Guterres sabe do que fala, pois foi Alto Comissário da ONU para os refugiados durante 10 anos. Sabe que os palestinianos são mantidos em campo de refugiados pelos países árabes, que recusam-lhes cidadania, e vivem em permanente tensão com os israelitas na Cisjordânia, onde, a partir de 1967, estes estabeleceram colonatos. Por outro lado, também sabe que Israel é continuamente ameaçado por organizações fanáticas que pretendem a sua destruição. Insisto: procurar compreender a raiz do problema não significa branquear ou menorizar os seus terríveis efeitos

Só por manifesta cegueira, ou má fé, é que as palavras recentes do secretário geral da ONU sobre a situação em Gaza podem ser interpretadas como um branqueamento, ou desvalorização, do terrorismo do Hamas. Na sua intervenção no Conselho de Segurança, António Guterres contextualizou a situação presente no tempo longo. Por aparente paradoxo, esta abordagem permite analisar os factos tanto em perspetiva, quanto em separado: por um lado, o ataque terrorista de 7 de outubro; por outro, a resposta de Israel a este ato; por fim, o enquadramento destes atos no tempo, ou seja, no contexto do longo conflito entre israelitas e palestinianos.

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