Exclusivo

Opinião

OE 2024 — Um Orçamento (muito) conservador em matéria fiscal

OE 2024 — Um Orçamento (muito) conservador em matéria fiscal

Luis Belo

Tax Leader da Deloitte

A proposta de lei do Orçamento não é particularmente inovadora ou sequer arrojada, mantendo o atual statu quo em termos genéricos. Manter-se-á no próximo ano uma acentuada pressão fiscal

As ilusões e as expectativas são invariavelmente muito elevadas na fase que antecede a apresentação anual da proposta de lei do Orçamento (PLO), em virtude de se antever que poderemos vir a ser surpreendidos pelo anúncio de medidas que poderão alterar o paradigma da fiscalidade existente e, nomeadamente, promover um aumento do rendimento disponível das famílias e um incremento da competitividade fiscal das empresas. Com efeito, o nível de fiscalidade assume grande relevância nas decisões dos agentes económicos, condicionando-as de uma forma notória.

Adicionalmente, e apesar de tais situações não serem endereçadas nas PLO, uma vez que continuamos a deparar-nos com um elevado nível de burocracia associado ao cumprimento de inúmeras obrigações declarativas e a uma grande complexidade resultante da multiplicação de regras, aprovadas muitas vezes de uma forma avulsa e sem uma integração coerente no sistema fiscal vigente, é desejável que sejam feitos progressos nestas áreas, devendo, no futuro, merecer atenção por parte dos decisores de modo que se possa igualmente reduzir os custos de compliance.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate