A desigualdade salarial pode aumentar se a IA generativa permitir aumentar mais a produtividade dos trabalhadores mais qualificados do que a produtividade dos menos qualificados
A inteligência artificial (IA) generativa é uma das tecnologias com maior impacto nos últimos anos, com aplicações em todos os sectores económicos. Esta consiste em algoritmos que identificam padrões em dados não estruturados (por exemplo, dados de texto, voz ou imagem), usando depois essa informação para realizar tarefas que normalmente seriam executadas por humanos. Os sistemas generativos de IA, como ChatGPT, GitHub Copilot, Stable Diffusion ou DALL-E, por comparação a sistemas de computação tradicionais, têm a capacidade de automatizar não só tarefas rotineiras e repetitivas, mas também tarefas criativas e de difícil codificação, como, por exemplo, a criação de texto e composição musical.
A IA generativa tem potencial quer para criar quer para destruir emprego. Por um lado, a intensificação da automatização de tarefas repetitivas dará continuidade à destruição de postos de trabalho de baixo valor acrescentado. Mais, a IA generativa tem a potencialidade de substituir certas ocupações em sectores específicos, por exemplo, criadores de conteúdo e editores de imagem. Por outro lado, o desenvolvimento e manutenção destes sistemas exige novas competências e, consequentemente, a criação de novas ocupações.
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