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Opinião

E tudo a inflação mudou

Este Orçamento é um documento histórico, que chega atrasado à história. É histórico nos impostos diretos que baixam, na dívida pública que diminui, nas contas públicas com excedente. Mas falha no tempo

Eis finalmente um Orçamento que consegue baixar impostos sobre o rendimento, enquanto aumenta os impostos indiretos e a carga fiscal, uma prática que tem já oito anos de vida. Eis um Orçamento que finalmente baixa a dívida pública em percentagem do PIB, mas a subiu em termos nominais €7 mil milhões no primeiro trimestre, atingindo novo máximo. Eis um Orçamento que finalmente confirma um excedente orçamental, mas não consegue esconder o embaraço de tanta pobreza. Eis um Orçamento que prevê uma diminuição acentuada das exportações, mas não dá às empresas a atenção e as medidas que elas merecem e precisam. Eis um Orçamento que se declara verde, mas é amigo do ozono. Eis um Orçamento que quer agradar a muita gente, principalmente aos que decidirão as eleições de 2024, mas não agradará a quem mais precisa.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

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