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Opinião

O ‘Pacto Social’ proposto pela CIP é exequível?

O ‘Pacto Social’ proposto pela CIP é exequível?

O pagamento voluntário pelos patrões de um 15º mês de salário é apenas uma das medidas propostas pela confederação patronal

SIM É inadiável o debate sobre as escolhas que o país enfrenta. O Pacto Social apresentado pela CIP — Confederação Empresarial de Portugal é a resposta das empresas a esta obrigação coletiva. Chamamos-lhe Pacto Social porque julgamos fundamental o contributo, a participação e o envolvimento de todos: sociedade civil, trabalhadores, sindicatos, partidos e Governo.

A busca permanente do compromisso assente na confiança é a base das democracias maduras. Queremos muito que esta discussão nacional aconteça, ganhe profundidade e alcance resultados. Estamos convencidos de que esta é a melhor expressão de uma cidadania adulta, exigente e responsável. O Governo decidirá no fim, julgarão depois os portugueses. A reflexão em curso com o Executivo, e depois de ouvidos os sindicatos, exige abertura, franqueza e lealdade. Não é um concurso de popularidade. É uma negociação. Uma busca de confian­ça e uma vontade de construção de um compromisso. Certamente existe quem pretenda adulterar o âmago da discussão usando conceitos deturpados, argumentos erróneos e fantasmas ideológicos. Mas que fique claro: queremos uma Segurança Social forte, capaz de pagar reformas dignas; queremos um Estado bem financiado, que ofereça serviços públicos de qualidade; queremos as famílias portuguesas com mais rendimento disponível. Mas não queremos uma economia estatizada, sem dinâmica competitiva, que apenas espreme as pessoas e as empresas com contribuições, impostos e taxas destinados a alimentar o “monstro público”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

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