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Opinião

As importações de eletricidade

As importações de eletricidade

Luís Mira Amaral

Engenheiro (IST) e economista (Msc Nova SBE)

Como em Espanha os regimes de vento e de pluviosidade são semelhantes aos nossos, quando importamos fazemo-lo numa situação de maior dificuldade do que quando exportamos

Estamos muito dependentes das energias eólica e hidroe­létrica. Há um excesso de eólica e ainda baixa contribuição da solar, que deveria, como aqui expliquei, assentar muito na solar distribuída, e não na loucura em curso das megacentrais. O sistema repousa nas centrais a gás natural e nas importações para fazer face à intermitência das eólicas e a situações de seca, em que o contributo das hidroelétricas a fio de água é reduzido. Havendo correlação entre chuva e vento, em situações de seca também há falta de vento, ou seja, também fraca produção eólica.

Como em Espanha os regimes de vento e de pluviosidade são semelhantes aos nossos, quando importamos de Espanha fazemo-lo numa situação de maior dificuldade do sistema do que quando exportamos, em que estamos a vender para Espanha excedentes de uma mercadoria de que eles também não necessitarão, e por isso os preços das importações de eletricidade serão naturalmente bem maiores do que os preços das exportações.

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