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Opinião

Alice Shalvi

Alice Shalvi

1926-2023 A “mãe do feminismo em Israel” teve seis filhos e ensinou às suas alunas da Escola Pelech para Raparigas que nenhuma área da vida está vedada às mulheres

É um erro comum acreditarmos que o mundo começou connosco. Faz parte da maravilhosa estupidez da juventude que para alguns se prolonga até ao dia da morte. Egoístas ao limite, minimizam o passado negando-se a pensar nas conquistas de hoje como, precisamente, um resultado de lutas difíceis. Se estamos assim no presente, então é porque sempre estivemos assim. Esta maneira de pensar ensimesmada atribui uma relevância extraordinária ao que se passa hoje, tanto que parecemos viver no melhor dos mundos. Mas embora seja certo que nunca seremos tão jovens como agora-já-passou, ignorar o passado, o caminho, é ignorar que entrámos numa conversa que dura há séculos.

Alice Shalvi pode ser uma desconhecida em Portugal, mas em Israel é “a mãe do feminismo judaico”. Alice Hildegard Margulies nasceu em Essen, na Alemanha, em 1926. Era a mais nova dos três filhos de Benzion e Perl Margulies, proprietários de um negócio de vendas a retalho, e cresceu num ambiente de música e livros. Quando tinha dois anos, Alice perdeu a irmã, vítima de uma pleurisia, e passou quase a ser filha única porque o irmão era muito mais velho.

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