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Opinião

Ursula von der Leyen: sem brilho, mas com passos seguros, faria bem em recandidatar-se

Numa fase em que a UE está a braços com uma desesperante falta de liderança, Ursula von der Leyen deixou antever nas entrelinhas do seu discurso que irá recandidatar-se em 2024. É uma boa noticia. Depois da liderança embaraçante de Jean-Claude Juncker, Ursula von der Leyen assumiu-se como alguém fiável, pragmática, determinada e com as ideias claras. Não empolga, foi por vezes ultrapassada, até desconsiderada, mas tem a imensa vantagem de não propor soluções milagrosas e irrealizáveis, o que não pode ser confundido com falta de sensibilidade

Quando Ursula von der Leyen tornou-se a primeira mulher a presidir à comissão europeia, em dezembro de 2019, estaria seguramente longe de pensar nas voltas que o mundo iria dar até à chegada da fase final do seu mandato. Quando a presidente da Comissão Europeia tomou posse, Angela Merkel ainda era a chanceler alemã. Uma figura insípida, pouco flexível, mas que teve o grande mérito de conseguir conquistar o respeito dos seus pares e dos demais lideres internacionais, isto graças ao seu rigor e seriedade. Também, a sua relação com Putin foi importante para congelar algumas das ambições russas que, desgraçadamente, vieram a manifestar-se em fevereiro de 2022.

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