Pepe exibiu com orgulho a camisola do FCP após agredir um adversário. Foi propositado: foi a exibição de uma cultura de ódio; na sua cabeça, o ódio que sente pelo Benfica é virtuoso e legitima a agressão. O espetáculo deplorável de Sérgio Conceição também não foi espontâneo, foi a forma que ele encontrou para esconder a verdade do jogo. Não se falou da tareia que o Benfica deu no Porto quando deixou de ter medo, falou-se do hooligan que por acaso é treinador. Pepe e Conceição seguem o ayatollah Pinto da Costa, que há pouco tempo liderou um grupo de pessoas do FCP que agrediu jornalistas à saída de um estádio
Os agentes desportivos do FC Porto, do Presidente ao treinador, passando pela alegada claque, comportam-se como se vivessem acima das regras. Isto chama-se impunidade. Não é espírito guerreiro, ou garra ou não sei quê, é impunidade. Assumem que as regras não se aplicam ao FCP, sobretudo quando estão a perder, como se viu de resto no último jogo com o Benfica.
Sempre foi assim, desde os tempos do guarda Abel, das pedras atiradas aos autocarros dos adversários, do balneário do adversário destruído antes do jogo, entre outras minudências. Agora isto vai ser ainda pior, porque a agremiação dos pijaminhas azuis está em declínio. E um gigante em declínio é uma coisa feia.
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