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Arábia Saudita e ordem internacional

Moscovo, com quem Riade tem mantido relação muito próxima nos últimos anos, motivada pelo controlo dos níveis de produção petrolífera, não foi convidada.

Jamal Khashoggi foi jornalista e conselheiro de membros da família real da Arábia Saudita. A ascensão de Mohammed bin Salman (MbS) ao poder levou-o a autoexilar-se nos Estados Unidos e a assinar uma coluna de opinião para o “The Washington Post” crítica da evolução política do seu país. No outono de 2018, Khashoggi entrou no consulado saudita em Istambul, onde foi assassinado por um grupo dos serviços de segurança de Riade. MbS, o provável mandante desta operação, passou a ser considerado indesejável e algumas capitais concluíram que era um agente da desordem internacional.

Cinco anos depois, o Governo saudita organizará, este fim de semana, um encontro diplomático para debater o plano de paz da Ucrânia e pôr fim à guerra iniciada pela Rússia no ano passado. Trinta países, como o Brasil, a África do Sul, o Egito, o Chile e a Zâmbia, foram convidados a participar. Moscovo, com quem Riade tem mantido relação muito próxima nos últimos anos, motivada pelo controlo dos níveis de produção petrolífera, não foi convidada. Todavia, Jake Sullivan, o conselheiro nacional de segurança de Joe Biden, poderá estar presente no encontro em Jeddah. O assassínio de Khashoggi é uma memória distante. Os interesses e a necessidade tendem a falar mais alto na política internacional.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

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