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Opinião

Marcelo e o ódio — não aprendemos nada?

Quem tem responsabilidades políticas não deve perder uma oportunidade para deixar livre o campo da vitimização dos agressores

Na semana passada, no Parlamento, debatemos o fenómeno do ódio no nosso tempo. Sabemos que os valores constitucionais decorrentes do elementar princípio da igualdade estão a ser atacados através de meios sofisticados e com consequências terríveis no tecido social e político, na saúde mental de jovens e adultos e na paz da cidade. Os desvalores que o Presidente da República deveria denun­ciar — porque jurou defender a Constituição, que objetivamente toma parte pela igualdade — têm hoje, desde logo, valor económico. O racismo, o sexismo e a homofobia vendem. O seu “valor” é minuciosamente estudado pelas grandes plataformas internacionais, que jogam o jogo mentiroso de retirar conteúdos “até certo ponto”, enquanto lucram com o ódio. Há comunicação social específica que lucra com o aproveitamento do ódio. Muitas das situações de intimidação através de tecnologias da informação e da comunicação ocorrem em contexto escolar.

Há jovens que, em idade escolar, sucumbem ao suicídio por causa do ódio online.

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