Exclusivo

Opinião

Não sei se os kemalistas foram mais democratas do que Erdogan. Sei que a alternância é

O poder de Erdogan erodiu-se pela mesma razão que se reforçou: a economia. A bem da democracia, que exige alternância, seria excelente que perdesse. A bem da seriedade, seria bom não simplificarmos a política turca. A tradição kemalista que domina a muito heterogénea coligação da oposição não tem grandes pergaminhos democráticos

Erdogan ficou muito próximo da vitória do que se esperava (e com uma maioria absoluta garantida no parlamento), mas, graças ao terceiro candidato, o ultranacionalista Sinan Ogan, acabou por ter de ir a uma segunda volta. Apesar do resultado dececionante de uma oposição unida ao fim de mais de duas décadas de poder, no meio de uma péssima situação económica, este é o momento mais difícil da longa carreira de poder de Recep Tayyip Erdogan. Seja qual for o resultado na segunda volta, e as coisas estão por agora a seu favor, é uma viragem política histórica.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: danieloliveira.lx@gmail.com

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate