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Opinião

Sejamos irrealistas, exijamos o possível

Os ingleses construíram o Estado social do pós-guerra com uma dívida de 200% do PIB. Quando Leon Blum defendeu as férias pagas, os patrões disseram que seria a ruína da França. Também hoje, o modelo que despreza os salários ou aumenta a idade da reforma, em vez de procurar financiamento na redistribuição, não é uma inevitabilidade, é uma escolha

Quando se concorda com a revolta do povo, ela é democrática. Quando se discorda, o povo polarizou-se. A conveniente tese da polarização deixa a esquerda, que nunca foi tão moderada, num dilema: se se revolta e tem a companhia da extrema-direita oportunista, é sua aliada; se desiste dos seus combates de sempre e os entrega à extrema-direita, ajuda-a. Quase 70% dos franceses estão contra a reforma da Segurança Social imposta por Macron ao Parlamento, no meio de uma crise. Boa parte votou nele, na segunda volta, para evitar a polarização. Até fingiu acreditar que ele passaria a governar em diálogo.

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