Estou solidário com o cansaço dos professores. E sou, há muitos anos, defensor dos fundos que ponham fim às greves simbólicas que prejudicam os grevistas sem lhes garantir nenhuma vitória. Mas o uso de fundos de professores para financiar a greve dos assistentes operacionais, porque é mais barato compensá-los e podem fechar a escola mais facilmente, é pouco ético. A greve é justa, não deve ser manchada por isto. Lutar, para um professor, também é educar. Como se viu nos últimos dias, o estratagema é desnecessário
Estou solidário, antes de mais, com o cansaço dos professores.
Não sei até que ponto discordo ou concordo com as suas posições sobre a contratação e colocação dos professores, porque desde que me lembro de debater o tema que discuto com sindicalistas da área a sua defesa de um sistema centralizado que considero origem de muitas doenças que se tornaram quase crónicas. Sei que mesmo a possibilidade de, depois de colocados numa região intermunicipal, a distribuição ser feita por conselhos de diretores ou a afetação a uma escola ser decidida pelo diretor do agrupamento escolar com critérios de adequação, e não pela objetiva graduação de mereceu reação de total repulsa. Estamos, portanto, a léguas da aceitação da autonomia contratual e não vejo como algum dia se poderá chegar de forma negociada a ela.
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