Opinião

Agustina, 100 anos

9 dezembro 2022 0:02

História Fragmentada do Mundo

9 dezembro 2022 0:02

Algumas observações pessoais e laterais — paralelas à homenagem a Agustina, em Amarante, a sua cidade natal — a partir de pedaços migrantes da obra.

Sobre a histeria

Escreve Agustina: “A histeria da insignificância” (“As Chamas e as Almas”).
O insignificante histérico, poderemos dizer, é hoje o mais comum: senhor que ocupa o centro da praça com megafone a muitos decibéis e cérebro silencioso como o de um hipopótamo parado. Cada ideia, pesadíssima, para sair do sítio, leva décadas — leva décadas, mas grita muito.
A histeria de cabeça vazia ocupou o palco e dali não sai. Sem produzir um pinguinho de oxigénio ou de inteligência — mas quer morrer ali como as árvores.