2 dezembro 2022 0:12
Agora que a contagem decrescente para o Natal começou, e voltamos a procurar os símbolos natalícios que ornamentam as nossas casas, é importante perguntarmo-nos o que nos é permitido esperar
2 dezembro 2022 0:12
O que posso saber? O que devo fazer? O que me é permitido esperar?” A verdade é que as três emblemáticas perguntas em torno às quais Kant articulou o seu pensamento como que se infiltram na vida comum e, de uma forma ou de outra, se acendem também dentro de nós, aguardando, até mais do que uma resposta taxativa, um aprofundamento, uma maturação e um caminho. Cada uma dessas perguntas constitui um ponto de partida para uma longuíssima, indeclinável e aberta viagem humana que nos compete. E que se concretiza, efetivamente, num trabalho de natureza racional como Kant propõe, mas não de modo exclusivo, pois depressa descobrimos que é a vida toda, nas suas plurais dimensões, que nos implica nessa tarefa. Claro que a racionalidade e o plano filosófico aguçam as perguntas, mas, como ensina Shakespeare, há mais coisas entre o céu e a terra do que aquelas que se pode imaginar simplesmente através da filosofia. A nossa existência quotidiana documenta essa excedência.
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