Opinião

Masculinidade tóxica: o exorcismo

18 novembro 2022 0:20

Todo o homem nasce com uma maçã de Adão e toxicidade. Este último item cabe ao próprio extirpar

18 novembro 2022 0:20

Os homens hoje queixam-se... (hum, é melhor reformular). Há alguns homens que se queixam… (também não). Consta que haverá hoje quem se queixe; que começa a ser um pouco difícil perceber as regras comportamentais que são exigidas ao homem (mais ou menos) branco e hetero na conduta com o sexo oposto, dado que pode não ser evidente numa primeira abordagem se se está com uma pessoa que se rege por padrões dos anos 2000 ou 2020, ultra-hiper-sensíveis 3.0 que exigem uma dinâmica completamente diferente. Queixam-se alguns de que mesmo que tentem compreender o que se espera hoje da “masculinidade” lhes devolvem a bola: “Ah, sabes bem, não digas que não sabes.” E muitos não sabem. Claro que se compreende quando as situações são óbvias: uma ordinarice é uma ordinarice, um não é um não, uma mulher não precisa de ser paternalizada no local de trabalho e na vida (mansplaining), e milhares de outros exemplos que podem ser dados e que para muitos estão interiorizados. Bom, pelo menos foram trazidos à luz do dia. E bem. Mas a vida é feita de milhões de detalhes cinza. E agora, parte-se do princípio de que uma das partes é culpada a priori devido à sua “masculinidade tóxica” — algo que os homens têm de nascença, como a maçã de Adão e outras particularidades anatómicas.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.