O mediatismo é menos relevante do que no passado. As redes sociais e os ciclos noticiosos de 24 horas dão rápido reconhecimento público. Mas não deixa de ser estranho que Paulo Raimundo seja o primeiro líder que não passou por um lugar eletivo. É uma escolha do aparelho, mas um antisectário. Houve uma vontade de rejuvenescimento; a escolha foi determinada pelo seu percurso no aparelho; e não foi uma vitória da linha dura. As suas primeiras intervenções públicas serão mais reveladoras do que o seu nome
O facto de quase ninguém fora dos que conhecem melhor o mundo comunista saber quem é Paulo Raimundo, alguém com fortes responsabilidades no PCP há muito tempo, diz muito do tipo de cobertura mediática que é dada ao PCP. Não falo da intensidade, mas da profundidade. Esta falta de profundidade resulta de uma comunicação social formatada para resumir a política à sua representação institucional – Parlamento, Governo e excecionalmente autarquias mais relevantes – e a ignorar que os partidos, tendo ideologias e culturas diferentes, também têm dinâmicas diferentes.
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