A ocidente, Macron continua a ser das poucas vozes clarividentes e sensatas. Ainda ontem voltou a mostrar disponibilidade para falar com Putin, instou-o a cessar fogo, a respeitar a integridade do território ucraniano e a sentar-se à mesa das negociações. Também, recusou contribuir para a escalada de retórica sobre a ameaça nuclear. Como afirmou (...) a ameaça não precisa de ser agitada, quanto mais um governante o fizer, menor a sua credibilidade
Desgraçadamente, torna-se cada vez mais nítido que a guerra que se trava na Ucrânia tem potencial para ganhar escala global. Aliás, Putin de há muito que considera estar em guerra com o Ocidente, sendo a Ucrânia o campo de batalha. Algumas vozes no ocidente tem-lhe feito a vontade e corroborado a tese. Quando o presidente dos Estados Unidos defende que a guerra deve continuar até à “derrota total” da Rússia, está a afastar a possibilidade de desempenhar um papel fundamental nas negociações que, sabe-se lá quando, colocarão ponto final à tragédia que continua a abater-se sobre a Ucrânia, os seus cidadãos, militares e, também, convém não esquecer, sobre os soldados russos e suas famílias.
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