Há dez anos, economistas da ala direita dos conservadores publicaram “Britannia Unchained”. Truss e Kwarteng estavam entre os autores. Agora é programa de governo, com o maior corte fiscal do século a incidir de forma brutalmente desproporcional no escalão mais alto. A tese é que o que é bom para os ricos é bom para a economia e, por isso, para os pobres. Mas os mercados e o FMI reagiram mal. Liz abusou nos ingredientes e falhou no timing. Até aos apreciadores custou engolir
Faz agora dez anos que um conjunto de economistas da ala mais à direita do Partido Conservador britânico, alinhados sob o sugestivo nome de “Free Enterprise Group”, publicaram um livro alinhavando o guião para uma visão simplista e redutora do mundo. Em “Britannia Unchained”, todas as formas de desregulação são apresentadas como elementos vitais para a construção de sociedades mais dinâmicas e mais justas. O que torna interessante e atual desta visão pueril do mundo é o nome de dois dos seus principais autores: Liz Truss e Kwasi Kwarteng. A primeira é a nova primeira-ministra inglesa, o segundo o seu ministro das finanças.
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