O BCE anunciou o novo pacote de compras para prevenir a fragmentação dos mercados da dívida pública quando subir as taxas de juro. Os seus objetivos são impossíveis de reconciliar
Foi anunciado o novo programa de compra de dívida pública do BCE. Em 2014, ele tinha criado quatro programas para comprar: dívida de grandes empresas, dívida titularizada apoiada sobretudo em hipotecas, obrigações cobertas por dívida pública e hipotecas, e, de longe o maior e mais importante, dívida pública. Na altura, a razão para o fazer foi estimular a inflação, que estava teimosamente abaixo dos 2% e assim se manteve até 2021. Ao comprar dívida pública, o BCE conseguia pôr pressão para que baixem as taxas de juro de longo prazo, embora ele não as consiga controlar, ao contrário das taxas de curto prazo, que na altura já eram fixas a nível baixíssimo. As compras seriam sempre aproximadamente em proporção do PIB mais população de cada país na zona euro, para não favorecer as finanças públicas de uns em relação aos outros.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes