1943-2022 As suas falcatruas foram o primeiro grande caso de corrupção numa Espanha transitada há pouco para a democracia. Acabou por cumprir 15 anos de prisão
O corpo incinerado em Saragoça, Funerária de Torrero, às 16h30 do passado 24, nem velado foi. A queima do cadáver foi reservada também aos familiares mais próximos, que optaram por cerimónias com parcimónia e em intimidade estrita, talvez por terem o módico ou pingo de vergonha que em vida faltou ao seu pai, avô ou parente. Rosto de corrupção ora desfeito em cinzas, Luis Roldán padeceu um longo e canceroso calvário de vários anos, parece que da próstata, e nas últimas três semanas esteve internado nos paliativos do Hospital de San Juan Dios, capital aragonesa, onde faleceu aos 78 anos, mês e meio após o óbito da sua terceira e derradeira esposa, Natalia Glazkova, uma sexagenária russa com quem casou depois de ter saído da prisão.
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