Qual funeral soviético, Costa pôs os putativos candidatos à sucessão na mesa do congresso. Não terá sido por acaso que Pedro Nuno Santos se escusou ao momento da chamada, que os memorizava e tratava como aspirantes, em mais uma falsa partida. Mas enquanto montava a tenda, Costa garantia aos jornalistas que não havia circo. Dividindo para reinar, ainda atirou Marta Temido para este jogo. A vaidade de Cavaco levou-o a alimentar tabus, a deixar sucessores em maus lençóis e a nunca aceitar que não tinha a última palavra no PSD. O retrato final não é bonito. Costa deve aprender com ele
Num congresso de rentrée e de campanha, a lista de anúncios e promessas de António Costa, na intervenção de encerramento, não chega para abrir um debate. Abre a caminhada para as eleições autárquicas e para o difícil processo negocial para o Orçamento do Estado. O desconto a dar é enorme. Uma parte do que anunciou é sabida desde que se definiram as prioridades para a “bazuca”. Quanto ao resto, a história recente tem mostrado que entre o anúncio e a autorização final de despesa do ministro das Finanças vai uma enorme distância.
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