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Opinião

A raspadinha dos impostos

A raspadinha dos impostos

Henrique Monteiro

Ex-Diretor; Colaborador

A raspadinha do património começou ontem com o preço de um euro. Ora, diz quem sabe, as raspadinhas mais baratas, como estas, são as que menos se vendem. A raspadinha ‘Robô dos Euros’, que custa três vez mais (3€), pode dar um prémio de 30 mil euros, mas a que vai beneficiar os nossos monumentos dá, no máximo, 10 mil euros ao apostador. É pouco. Sobretudo se pensarmos que, com sorte, e 2,5€ de aposta posso, ficar excêntrico no Euromilhões (cobrando o Estado 20% de imposto se o prémio for superior a 5 mil euros)

A ideia da raspadinha do património é genial. A tia Milocas de Cascais, em 1930 (caricaturo), não teria ideia melhor. “Ó ‘corror’! O muro tão antigo da quinta do tio Becas está a cair… E quem tem dinheiro para o consertar, ou lá que é?”. A tia Bitata responde: “faz-se uma quête!”.

E assim se punham as boas almas a vender rifas na saída da missa, nos clubes de cavalheiros, nos cabeleireiros da moda, angariando dinheiro para o muro instável. A coleta atinge o valor desejado, e o vencedor da rifa premiada tem um conjunto de tacos do golfe do melhor que há. E, atenção, um ferro 5 pode custar mil euros e um driver de qualidade, ainda mais caro… por isso o saco completo é um belo prémio.

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