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Opinião

O Chega dá respostas desprezíveis a perguntas legítimas. Encontrem as respostas decentes

Em 2021, repito o que disse em 2016 ou 2008: o populismo de extrema-direita neste século será imparável se as elites não largarem o ‘politicamente correto’, uma ideologia que proíbe pensamentos, piadas e perguntas. Falar da questão cigana/negra, dos bairros ou de segurança não pode ser visto imediatamente como um sinal de "racismo”. São questões legítimas que têm de ter respostas decentes. Mas o que aconteceu em Portugal? Quando alguém levantava estes temas, os comissários do BE e associados queimavam logo essa pessoa

O cenário em Portugal é o mesmo dos outros países, sem tirar nem pôr. O populismo de extrema-direita cresce nos terrenos outrora da extrema-esquerda e depois captura franjas da direita. O Chega é uma mistura estranha entre um mundo elitista que devia ser CDS e um mundo popular que devia ser PCP. Agora só há uma questão em cima da mesa: querem ou não querem derrotar este fenómeno? Se querem derrotá-lo, os média, o meio artístico, o meio político, isto é, o complexo político e mediático de Lisboa tem de mudar de atitude. Vocês, meus caros, têm de trocar os espelhos da vossa vaidade (contas instagram e facebook) e sujar as mãos na realidade. Têm coragem para isso? Têm coragem para deixar o conforto do vosso mundinho e fazer como Bourdain, conhecer e compreender o outro lado do espelho?

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