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Opinião

Rodrigues dos Santos vs Ljubomir: da vergonha alheia ao insulto à democracia

Ljubomir Stanisic dirigiu-se nestes termos a Francisco Rodrigues dos Santos: “Se voltares a falar de um partido, vou ter de te pedir para saíres. Não há partidos, querido. Votámos na Assembleia, é nossa. Já não conseguimos ouvir falar de partidos, é que ninguém está a apoiar-nos. Eu nem sei de que partido tu és.” O líder do CDS, que disse estar ali como cidadão, assentiu de cabeça baixa. Depois da vergonha alheia, senti-me ofendido. Quem quer ser ouvido, ouve. Quem quer ser respeitado, respeita. Mesmo quando tem pela frente um político que baixa a cabeça. Um político nunca deve ter vergonha de ser político. Se o for com orgulho, engrandece-o

Antes de avançar neste texto, quero dizer três coisas: que compreendo a situação dramática que vive toda a restauração; que simpatizo com parte das suas reivindicações e considero outras impossíveis de responder pelo Estado; e que compreendo que o Governo decida não receber nove empresários, mas apenas organizações que representam o sector. Sei que está na moda a inorganicidade, excelente para todo o tipo de oportunidades e oportunismos, mas um governo não pode negociar com dez milhões de pessoas. É também por isso que a sociedade civil se organiza em associações e sindicatos. Abrir este precedente seria alimentar uma farsa.

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