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Opinião

Isto, por si só, já quer dizer muito

Isto, por si só, já quer dizer muito

Henrique Monteiro

Ex-Diretor; Colaborador

Há um juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal, que não é o famoso Carlos Alexandre, conhecido por usar a expressão “por si só”. Ou seja, um facto, em si, não pode ser extrapolado para uma conclusão. A questão é sempre esta: se analisarmos isoladamente cada um dos episódios, ou pequenos factos, não podemos chegar a uma conclusão determinante. Será necessário que um dia o juiz relacione tudo para ter uma fotografia completa, em vez de analisar o quadro pixel por pixel. É que deste modo, “por si só”, em cada pixel, não vê nada

O nosso Governo também vai fazendo coisas que “por si só” não significam nada. Por exemplo, quando se empenhou para não reconduzir Joana Marques Vidal, que esteve seis anos à frente da PGR, tinha o argumento de que seis anos era tempo suficiente e que ninguém se deveria eternizar. Isso, “por si só” não significava que a investigação a certos processos abrandasse, ou que a pessoa nomeada para o cargo, Lucília Gago, tivesse um capitus diminutio, ou uma menorização da capacidade de investigar e liderar a PGR.

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