Há um António Costa que apregoa crises, e outro que apregoa consensos. Uma espécie de Dr. Jekill e Mr. Hide da política. Mas será um caso de dupla personalidade? De inabilidade? De oportunismo? De jogada antecipada? Sinceramente não sei, mas nada, nesta época, é normal... salvo as velhas manigâncias políticas
O primeiro-ministro, num dia, diz que se depender do PSD o Governo acaba logo, pelo que é necessário um acordo à esquerda. Ou seja, acena com uma crise política. Mesmo depois de o Presidente da República, que a partir de terça-feira que vem não pode dissolver o Parlamento, ter afirmado que uma crise neste momento é ficção, Costa e alguns dos seus mais próximos insistiram nessa possibilidade, durante o fim de semana passado.
O líder do PS, que parece ser mais moderado do que o primeiro-ministro, embora sendo a mesma pessoa, abriu uma reunião de rentrée dos socialistas apelando à moderação, e declarando-se contra uma crise nesta altura, que será, de facto, a menos indicada para crises políticas. Ao mesmo tempo, alguma tropa de choque insiste na hipótese, enquanto governantes de bom senso diziam verdades duras, mas honestas.
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