Não poderemos voltar à etapa precedente, como se esta experiência traumática tivesse sido uma interrupção, mas também não sabemos bem aquilo em que nos tornaremos, como indivíduos e comunidades
A coragem destas horas não se joga apenas na primeira frente de combate à pandemia, mas também na resiliência e ousadia necessárias para pensar no que seremos no pós-covid-19. Para já, torna-se claro que não poderemos simplesmente voltar à etapa precedente, como se esta experiência traumática tivesse apenas sido uma interrupção, mas também não sabemos bem aquilo em que nos tornaremos, como indivíduos e comunidades. E se esta talvez seja a provação mais dura, é também a mais desafiante: o confronto com uma nova realidade que tem de começar, e ter de o fazer não numa zona de certezas como gostaríamos, mas ainda num instável território de transição, que se prolongará. Por isso, é importante que nos coloquemos perguntas, as mais díspares, as que têm emergido na corrente destes dias e outras ainda, e que as debatamos.
1 O processo gerado pelo vírus acelerará apenas as assimetrias e os egoísmos do velho mundo ou motivou-nos a compreender que estamos no mesmo barco e que só há futuro na cooperação e na implementação de outros modelos de existência coletiva?
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