Jeremy Corbyn não é apenas marxista, é leninista. É o reverso de Boris Jonhson, calmo nas falas, explosivo nos programas
Terça-feira foi um dia histórico. A decisão do impeachment de Trump e a decisão do Supremo Tribunal de considerar a suspensão do Parlamento da Grã-Bretanha ilegal. Houve um terceiro acontecimento que torna o dia 24 de setembro histórico. Jeremy Corbyn, na cauda da contrariedade e derrota de Boris Johnson, resolveu falar extensivamente sobre o seu programa na Conferência do Partido Trabalhista, em Brighton. Passei horas a ouvi-lo, de boca aberta. Pouca ou nenhuma atenção tem sido dada a Corbyn e ao seu homem das Finanças, o putativo chanceler do Tesouro John McDonnell. Boris Johnson e Nigel Farage têm concentrado as atenções, o que convém ao desatino e ao estilo demagógico. Boris Johnson julga que este é o seu momento churchilliano e o ‘Brexit’ seria o trampolim para a fama mundial e um retrato pensativo na National Portrait Gallery. Sabe que a oposição tem como chefe um dos mais radicais esquerdistas, ou o mais radical, da Europa e do Ocidente. E sabe que Corbyn, clamando por eleições, não as deseja agora e tem poucas hipóteses de as ganhar.
Por enquanto.
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