Olá,
E obrigado por começar o dia connosco.
Ingressar no Ensino Superior representa uma mudança profunda na vida de qualquer estudante e implica um conjunto significativo de decisões e responsabilidades.
“Entrei na universidade, e agora?”, perguntam os caloiros, à beira de uma transição que muitas vezes envolve a deslocação para outra cidade, a procura de alojamento adequado, a gestão das propinas e a definição de um orçamento que contemple despesas essenciais como alimentação, transportes, comunicações, saúde e, naturalmente, momentos de convívio social.
Mas nem sempre era fácil ter uma noção completa dos gastos sem alguns sustos nas primeiras mesadas. Para ajudar a evitá-los, o Expresso lançou esta segunda-feira um simulador que permite estimar o impacto financeiro desta nova fase.
Com dados relativos ao alojamento recolhidos e permanentemente atualizados - a partir da monitorização diária de mais de 100 mil anúncios -, esta será uma das ferramentas mais úteis para as próximas semanas. Aos custos com a casa juntam-se todas as outras despesas, para que nada falhe na hora de fazer as contas à vida de um aluno prestes a ingressar nas universidades e politécnicos de todo o país.
As matrículas começam hoje e prolongam-se até quinta-feira, depois de um fim de semana de grandes emoções.
Este domingo, 43.889 estudantes souberam que tinham sido colocados na 1ª fase do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior em 2025. São menos 12% do que no ano passado, o número mais baixo desde 2016, mas o valor não surpreende. Chega depois de uma queda bastante expressiva no número de candidatos ao Ensino Superior este ano: apenas 48.718 candidatos, menos 16% do que em 2024. Número semelhante só se registou há uma década.
Mas também há boas notícias para quem não se candidatou à primeira fase ou procura melhor sorte à segunda tentativa: sobraram 11.513 vagas para a 2.ª fase, mais do dobro do ano passado. Serão uma minoria os que se aventurarão em nova mudança, já que 63,1% foram colocados na primeira opção e 90,9% numa das três primeiras.
Ainda assim, esperam-se várias trocas, mesmo em cursos com médias de entrada bastante elevadas: há 14 cursos em que a nota do último colocado foi acima de 18 valores. E há mesmo um curso em que todos os colocados entraram com notas acima de 19. É Engenharia Aeroespacial, na Universidade do Porto, em contraste total com 41 cursos que ficaram sem qualquer estudante colocado nesta fase.
Outras notícias
Lucros "voam" de Portugal para donos estrangeiros. São quase oito mil milhões de euros em 2024 e não saíam tantos dividendos de Portugal para acionistas estrangeiros desde a crise financeira. Apenas em 2010 se registou um valor superior, quando várias empresas anteciparam o pagamento de dividendos para escapar ao aumento de impostos."
Evergrande excluída da Bolsa de Hong Kong. Após mais de 18 meses com as ações suspensas, período durante o qual não conseguiu cumprir os requisitos necessários para retomar a cotação, a gigante imobiliária acabou excluída do índice bolsista. As regras da Bolsa de Hong Kong permitem a exclusão de qualquer empresa que mantenha os títulos suspensos por um período contínuo de 18 meses. Já em março de 2024, o operador tinha alertado a Evergrande de que seria afastada caso não cumprisse as exigências.
Diploma com apoio a afetados pelos incêndios entra em vigor. O diploma governamental que estabelece medidas de apoio e mitigação do impacto dos incêndios rurais entrou em vigor esta segunda-feira, retroativamente a 1 de julho. Entre os apoios previstos destacam-se a reconstrução de habitações, a retoma da atividade económica, o auxílio a agricultores, a reparação de infraestruturas e equipamentos, a recuperação de ecossistemas e biodiversidade, a reflorestação e a contenção de impactos ambientais, entre outras ações.
Frases
“Na Ucrânia também está em causa a nossa segurança coletiva. É mais do que tempo de a Europa acordar e se necessário meter botas no terreno”
Ana Gomes, comentadora da SIC, sobre a situação na Ucrânia e a reação europeia.
"Primeiro é preciso avaliar o que é que correu mal nesta época de fogos. Sem isto, o pacto fica coxo"
Luís Marques Mendes, candidato a Presidente da República, sobre o pacto para a floresta.
O que eu ando a ver
“The Biggest Loser: O Peso da Verdade”, de Skye Borgman, na Netflix
Quando “The Biggest Loser” se estreou em televisão, primeiro o original norte-americano e depois as versões nacionais (em Portugal, “Peso Pesado” foi uma aposta da SIC com Júlia Pinheiro, que volta aos reality-shows em setembro com “Aldeia do Amor”), poucos terão ido além da experiência de entretenimento criada por Ben Silverman, Mark Koops e Dave Broome.
Mas os anos passaram e a perspetiva mudou. O que aconteceu à vida daqueles que se expuseram na televisão norte-americana, em busca de perderem peso? Que efeitos tinham alguns dos desafios do programa da NBC? E o que se passava nos bastidores? Ao longo de três episódios, o documentário “The Biggest Loser: O Peso da Verdade” procura responder a algumas das questões em aberto. Garanto que o fará repensar em muito do que viu há mais de uma década.
“A Mulher da Casa Abandonada”, de Chico Felitti, na Prime Video
Fiquei completamente viciado no podcast, mal se estreou em junho de 2022. Recomendei-o a meio mundo, contei a história de Margarida Bonetti a várias pessoas, passei a seguir o trabalho de Chico Felitti desde aí. Mas não imaginava voltar a ouvir falar dela, até que uma notificação da aplicação Podcasts, no dia 13 deste mês, me levou de volta para a trama de uma mulher brasileira acusada de escravatura nos Estados Unidos. Havia novidades e não apenas em áudio.
Dois dias depois, “A Mulher da Casa Abandonada” estava disponível como série documental na Prime Video e já a vi na íntegra. Agora está entre as mais vistas do serviço de streaming em vários pontos do globo. A história contada pelo Chico Felitti continua a ganhar novos capítulos.
O que eu ando a ler
“Intermezzo”, de Sally Rooney
Quando li que o novo livro de Sally Rooney era “um xeque sem mate”, a vontade de pegar a nova aposta do fenómeno de vendas esmoreceu. Mas não há nada como o tempo para apagar más memórias e acabei por comprar “Intermezzo”. Foi uma escolha de última hora, livraria de aeroporto antes da partida, e uma boa companhia longe dos ecrãs.
É entre Dublin e uma zona rural irlandesa, e através das histórias de Peter e de Ivan, que mergulhamos num mundo povoado por luto, relações familiares, diferenças geracionais e relações com diferença de idade. As férias terminaram e eu ainda não acabei de o ler. Entraram outras leituras pelo meio.
Podcasts
“Um colega meu palestiniano dizia: ‘chamem-lhe genocídio ou o que quiserem, nós estamos demasiado ocupados a morrer’” em Gaza. Raul Manarte é um psicólogo humanitário da organização Médicos Sem Fronteiras que já esteve no enclave palestiniano duas vezes, a última foi há um mês. Oiça os relatos de quem testemunhou a guerra e a tragédia em Gaza no último episódio do podcast O Mundo A Seus Pés.
Só 29 países no mundo são democracias plenas, as autocracias e as ditaduras estão a impor-se. O nível de democracia de que beneficiam os cidadãos no mundo inteiro está como estava há 40 anos. No Expresso da Manhã, Paulo Baldaia conversa com a jornalista Ana França sobre o “Relatório da Democracia 2025”.
“As máquinas não substituem os humanos, vai perceber-se que é tudo mecânico, sem alma e sem vida. A IA não me atormenta.” Cláudia Cadima é a voz de Heidi e Fiona, de “Shrek”, entre tantas outras personagens. Foi também diretora de dobragens em clássicos como “À Procura de Nemo”, “Como Treinares o Teu Dragão”, “Madagáscar” e “O Panda do Kung Fu”. No podcast Era Uma Voz tentamos perceber melhor o papel de um diretor de dobragens.
Este Expresso Curto fica por aqui. Tenha uma ótima segunda-feira e acompanhe os nossos Exclusivos. Planeie os dias e horas de descanso, com as sugestões Boa Cama Boa Mesa. E divirta-se também com os nossos jogos (palavras cruzadas, sudoku e sopas de letras). Quanto a nós, já sabe que estaremos sempre por cá: no Expresso e na SIC, na Tribuna e na Blitz.
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