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Montenegro desmente, Marcelo tenta saber, Sócrates queixa-se

Montenegro desmente, Marcelo tenta saber, Sócrates queixa-se

Hélder Gomes

Jornalista

Luís Montenegro
Tiago Miranda

Boa tarde,

Obrigado por continuar desse lado.

A seguir, fique a conhecer algumas das notícias que marcaram esta terça-feira.

Primeiro chegou a indicação de que Luís Montenegro tentava bloquear a consulta das suas declarações de rendimentos e património. Depois, o desmentido do primeiro-ministro, esclarecendo que só se opõe à consulta pública da lista de clientes da Spinumviva. Pelo meio, Marcelo Rebelo de Sousa disse que iria “tentar saber o que se passou” com Montenegro e as declarações.

Enquanto isso, em Bruxelas, José Sócrates deu uma conferência de imprensa detalhando os motivos por que decidiu apresentar uma queixa-crime contra o Estado português no Tribunal dos Direitos do Homem relativa à Operação Marquês. Isto a dois dias da primeira sessão do julgamento do processo.

1. Ainda a Spinumviva: Montenegro desmente Entidade para a Transparência

Num primeiro momento, a Entidade para a Transparência (EpT) confirmou que Luís Montenegro tinha submetido pedidos de oposição à consulta pública das suas declarações de rendimentos, estando essa consulta suspensa até uma decisão final do Tribunal Constitucional. Num segundo momento, o Presidente da República disse que “não sabia de nada” e que iria “tentar saber o que se passou”. Num terceiro momento, o primeiro-ministro desmentiu a EpT ao informar que o pedido de oposição à consulta pública de rendimentos e património é parcial e não total. Acontece que a Entidade já tinha bloqueado a consulta da totalidade das declarações em causa, como nos conta a Liliana Valente.

2. A dois dias do início do julgamento, Sócrates queixa-se na ‘Europa’

José Sócrates apresentou uma queixa contra o Estado português no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. O escritório de advogados belga – que já lidou com os casos Assange e Puigdemont – aceitou o caso do antigo primeiro-ministro português e fala em “flagrante negação de justiça” por questões “políticas”, relata-nos a Susana Frexes, correspondente em Bruxelas. Em conferência de imprensa, também acompanhada pela Joana Ascensão, Sócrates justificou a sua queixa com três razões, a começar pelo “lapso de escrita”, que reavivou o processo em 2024 e foi, segundo o ex-governante, “a gota de água”. “Se houver julgamento, eu vou”, garantiu, acrescentando, no entanto, que “pode ser que não haja”. Quanto a isso, o Rui Gustavo faz o ponto de situação: a decisão que poderia adiar o arranque do julgamento ainda não chegou à juíza. Se, por um lado, o Tribunal de Instrução Criminal sugeriu que os dois casos da Operação Marquês fossem julgados juntos – e essa decisão implicaria um novo adiamento –, por outro, a juíza do julgamento ainda não recebeu a decisão instrutória da colega.

3. A floresta que Portugal perdeu (e a ajuda que um satélite pode dar)

Com o arranque da “época dos fogos”, o Amadeu Araújo faz um balanço dos últimos 23 anos. Nesse período, Portugal perdeu mais de metade da floresta, sendo o segundo país da Europa com maiores índices de perda de cobertura arbórea e de desflorestação. Os incêndios são o principal fator de degradação da floresta, mas as desmatações e os cortes rasos de árvores também contribuem. A Carla Tomás traz-nos uma boa notícia: o satélite que deteta pequenas ignições antes de o incêndio alastrar começa a funcionar este verão no nosso país.

4. Trump e Musk: tão amigos que eles já não são – outra vez

O multimilionário Elon Musk alertou os republicanos para uma possível derrota nas primárias no próximo ano caso apoiem o plano fiscal e orçamental de Donald Trump. O Presidente dos Estados Unidos não se deixou ficar e, como já vinha sendo falado, admitiu a possibilidade de expulsar Musk do país. “O DOGE é o monstro que pode virar-se e devorar o Elon”, avisou. O Jorge Nascimento Rodrigues conta-nos que seis meses de Trump pressionaram a Tesla, valorizaram o euro e impulsionaram bolsas europeias, sendo que Lisboa teve a maior subida deste século.

Até já,
H.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: hgomes@expresso.impresa.pt

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