Expresso Energia

A política energética está embrulhada em incerteza: pode piorar?

A política energética está embrulhada em incerteza: pode piorar?

Miguel Prado

Editor de Economia

“Não conheço um secretário de Estado da Energia em Espanha ou Portugal que não tenha mudado a legislação. Se não o fez foi porque não esteve tempo suficiente no cargo”. A afirmação, de José Donoso, diretor da UNEF, a associação espanhola do setor fotovoltaico, provocou alguns sorrisos na plateia da conferência “Portugal Renewable Energy Summit”, esta quarta-feira, em Lisboa. Era apenas um reparo sobre como a constante mudança das regras do jogo preocupa as empresas de energia, sempre defensoras de previsibilidade na hora de investir. Se Espanha conhece bem o que é instabilidade, depois de algumas medidas que cortaram as remunerações dos produtores de eletricidade com efeitos retroativos, em Portugal o “buraco negro” introduzido pela crise política das últimas semanas é uma nova realidade, num país cuja agenda energética tem sido pautada por uma linha de continuidade e pelo diálogo com os agentes do setor, um processo saudável, mas tantas vezes confundido com uma pecaminosa e malévola promiscuidade com as empresas de energia.

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