“Rompam em teus campos tristes vulcões”: a maldição cumpriu-se em La Palma. Veja o documentário do Expresso
Quase 50 dias depois do início da erupção, a mais devastadora do último século na Europa, o vulcão que nasceu em Cumbre Vieja continua sem dar tréguas. Mais de 7 mil pessoas estão desalojadas. Muitas tiveram menos de uma hora para tirar das casas o que podiam. O álbum de fotografias do casamento, o desenho especial que os filhos pintaram em pequenos, meia dúzia de documentos e uma mão cheia de nada. Ao fechar a porta, com um último "olhar de dor", despediram-se de uma vida inteira e assistem agora, impotentes, à destruição de tudo o que ficou para trás. Não se ouvem sirenes, nem se veem passar veículos de emergência a grande velocidade. "Não há nada que ninguém possa fazer. Isto é maior do que nós". Na ilha há 500 anos amaldiçoada, localidades inteiras já desapareceram e várias outras continuam ameaçadas. Mas o poder de um vulcão não é apenas destruidor. A chegada da lava ao mar está a criar nova terra, em tempo real e aos olhos de todos. A ilha cresce, como se estivesse viva