O aumento seria de 5,43%, segundo os cálculos da atualização das rendas para 2023. Mas o Governo tomou medidas para travar essa subida: decidiu que as rendas só podiam ser atualizadas, no máximo, em 2%, e que os senhorios serão compensados com majorações no IRS e IRC.
A medida foi recebida com diferentes graus de entusiasmo por parte dos proprietários e dos inquilinos. O Expresso coloca em debate os dois lados da moeda.
Artur Soares Alves, representante da Associação Nacional de Proprietários, defende que existe uma questão moral: “foi feita uma lei, já há muitos anos em vigor, que determina o valor que deve ser aplicado na atualização das rendas” e acrescenta que “o Governo achou que não devia atualizar as rendas de acordo com esse valor, o que é mau”.
Romão Lavadinho, presidente da Associação dos Inquilinos Lisbonenses, defende que 2% seria o máximo aceitável para o aumento das rendas. Em resposta à falta de casas para arrendar, relembra que existem em Portugal “mais de 700 mil casas devolutas, só em Lisboa existem 50 mil, por isso há aqui um núcleo muito grande que pode ser colocado no mercado de arrendamento”.
A alternativa de subsidiação dos inquilinos, a inclusão ou não dos contratos não habitacionais no ‘travão’ e como estará o mercado de arrendamento em Portugal daqui a cinco anos, também estiveram em debate. Veja o vídeo.
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