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Mind the Vote

Mind the Vote #20. “Not a good look at all”: Johnson tira telemóvel a jornalista e recusa ver foto de criança doente

Esta segunda-feira ficou marcada por um grande embaraço para Boris Johnson, que vai ter de ouvir, nos próximos dias, perguntas sobre a sua falta de empatia. Um menino de seis anos foi fotografado pela mãe à espera de assistência médica num hospital de Leeds e o primeiro-ministro, confrontado com a imagem por um repórter da ITV, recusou-se a olhar para o ecrã do telemóvel do jornalista. O sucedido permitiu a Jeremy Corbyn voltar a focar-se no seu ponto principal nesta campanha: o SNS britânico e a falta de ligação de Johnson ao “mundo real”. As sondagens continuam a dar larga vantagem aos conservadores, mas, após a polémica do antissemitismo que agitou a campanha dos trabalhistas na última semana, estes terão apreciado o balão de oxigénio da indiferença de Johnson
Esta segunda-feira ficou marcada por um grande embaraço para Boris Johnson, que vai ter de ouvir, nos próximos dias, perguntas sobre a sua falta de empatia. Um menino de seis anos foi fotografado pela mãe à espera de assistência médica num hospital de Leeds e o primeiro-ministro, confrontado com a imagem por um repórter da ITV, recusou-se a olhar para o ecrã do telemóvel do jornalista. O sucedido permitiu a Jeremy Corbyn voltar a focar-se no seu ponto principal nesta campanha: o SNS britânico e a falta de ligação de Johnson ao “mundo real”. As sondagens continuam a dar larga vantagem aos conservadores, mas, após a polémica do antissemitismo que agitou a campanha dos trabalhistas na última semana, estes terão apreciado o balão de oxigénio da indiferença de Johnson
WPA Pool / Getty
Sim, isto aconteceu. O primeiro-ministro britânico foi questionado sobre o estado de um serviço nacional de saúde que deixa crianças com possível diagnóstico de pneumonia a dormir no chão e recusou olhar para a fotografia de um menino que o jornalista lhe tentava mostrar. Quando faltam apenas três dias para o dia do voto, voltamos ao assunto do bullying em campanha e explicamos por que razão os tories andam a investir tanto no YouTube. Já agora, sabe com que maioria parte Johnson para estas eleições em comparação com outros primeiros-ministros conservadores e trabalhistas?
Mind the Vote #20. “Not a good look at all”: Johnson tira telemóvel a jornalista e recusa ver foto de criança doente

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Últimos três dias. Começam as diretas passadas a discutir estratégia, os boatos sobre as terríveis sondagens internas de cada partido que ninguém consegue confirmar, os telefonemas para os amigos hackers que possam desenterrar um ou outro documento danoso ou umas publicações racistas no Facebook.

O registo de atitudes desagradáveis durante esta campanha enche páginas, aliás, com casos perfeitamente dispensáveis num país civilizado como o Reino Unido, conhecido pelos seus lordes, barões, gentlemen (ou gentlemans, como se diria foneticamente em Portugal).

Já outras vezes falámos dos ratos mortos e em decomposição que os conservadores andam a receber no círculo eleitoral do ex-ministro e antigo líder partidário Iain Duncan-Smith. Esta segunda-feira começamos com o mesmo tema porque, tal como a tolerância para comportamentos trogloditas está a diminuir a olhos vistos entre os adeptos de futebol em Inglaterra -–, contaminada por violência no desporto até há tão pouco tempo – , também a polarização política que leva voluntários e candidatos a serem alvo de bullying partidário, na rua e online tem de ser denunciada, para ver se não se torna um problema tão difundido.

Depois do que aconteceu com a equipa de Duncan-Smith, esta segunda-feira foi a vez de Sam Gyimah, ex-conservador que agora concorre pelos Liberais Democratas em Kensington, no centro de Londres, denunciar o que tem acontecido aos seus apoiantes: fezes nas caixas de correio, pequenos animais mortos e água lançada de janelas são alguns dos episódios que conta no Twitter. Em reação, várias pessoas criticam o “ponto a que isto chegou” e alguns residentes locais informam Gyimah de que há liberais a arrancar autocolantes e cartazes de apoio aos conservadores de paredes e janelas.

Ver Twitter

Passando aos acontecimentos desta segunda-feira, quem sai pior na fotografia, ou melhor, no vídeo, é o primeiro-ministro Boris Johnson, que repetidas vezes se recusou a olhar para o telemóvel de um jornalista da ITV enquanto este lhe tentava mostrar uma fotografia de uma criança a dormir no chão do hospital de Leeds, apesar de haver suspeitas de que tenha sido internado com princípios de pneumonia. O canal divulgou a troca de palavras entre Johnson e o jornalista e no fim do vídeo vê-se o primeiro-ministro a tirar o telemóvel ao repórter e a enfiá-lo no seu próprio bolso. O líder trabalhista, Jeremy Corbyn, já publicou a filmagem nas redes sociais com a dura legenda: “Ele simplesmente não quer saber”.

Ver Twitter

A sondagens não mudaram muito (“The Guardian” indica 43% para os conservadores, 33% para os trabalhistas e 13% para os liberais) mas há uma sensação no ar, empírica mas que vários jornalistas britânicos estão a passar para as suas reportagens pelo país, de uma “Boris fatigue”. O primeiro-ministro é descrito como “mentiroso” em dezenas de estudos de opinião ao vivo, já desmarcou ações de campanha devido a protestos organizados para recebê-lo e recusa-se a ir ao programa televisivo de Andrew Neil, temido entrevistador de serviço na BBC. O jornalista lançou um vídeo com as perguntas que gostaria de fazer ao primeiro-ministro. Apenas podemos imaginar os nervos que assolaram o quartel-general conservador ao vê-lo.

Foto do dia

Esta segunda-feira ficou marcada por um grande embaraço para Boris Johnson, que vai ter de ouvir, nos próximos dias, perguntas sobre a sua falta de empatia. Um menino de seis anos foi fotografado pela mãe à espera de assistência médica num hospital de Leeds e o primeiro-ministro, confrontado com a imagem por um repórter da ITV, recusou-se a olhar para o ecrã do telemóvel do jornalista. O sucedido permitiu a Jeremy Corbyn voltar a focar-se no seu ponto principal nesta campanha: o SNS britânico e a falta de ligação de Johnson ao “mundo real”. As sondagens continuam a dar larga vantagem aos conservadores, mas, após a polémica do antissemitismo que agitou a campanha dos trabalhistas na última semana, estes terão apreciado o balão de oxigénio da indiferença de Johnson
WPA Pool / Getty

A frase

“Os Liberais Democratas sujeitam-se a acordar na manhã de sexta-feira com uma série de peças de roupa em tons de amarelo alaranjado para as quais não vão encontrar uso”, escreveu Mark Wallace, editor da página de opinião conservadora Conservative Home sobre o que considera serem as expectativas exageradas em relação à prestação dos lib dems nas eleições. Mais previdente foi o ex-conservador David Gauke, que concorre como independente: escolheu o bordeaux como cor de campanha, porque já tinha muita roupa dessa cor, que gosta de usar

Uma história fora do radar

Os conservadores andam a gastar dinheiro, muito dinheiro, no YouTube. Pelo menos 200 mil libras (237 mil euros) em cerca de 48 horas, escreve a “New Statesman”. Só num dos dias do fim de semana que passou, o vídeo de 73 segundos sobre a urgência de pôr um ponto final na incerteza causada pelo ‘Brexit’ chegou a 3,5 milhões de pessoas. Com música parecida com a que precede os jogos da Liga dos Campeões, o anúncio apareceu aos utilizadores antes de conteúdos tão populares como os resumos das jornadas da liga inglesa.

São segundos cheios de overacting, com dezenas de figurantes, está bem filmado, a luz é cinematográfica, as pessoas gritam em câmara lenta sem se ouvir qualquer som. Quem entrasse no YouTube em solo inglês no fim de semana via imediatamente uma faixa gigante por cima da barra de pesquisa de vídeos em que se lia “este Parlamento dividido não serve”. Esta segunda-feira de manhã, mesmo no início da hora de ponta, outro vídeo mais pequeno, de 30 segundos, também mostrava, com mais frases e menos imagens, a necessidade de acabar com “a incerteza”, votando nos conservadores, claro. E porquê o YouTube? Porque é imensamente popular no Reino Unido.

O regulador da comunicação social do Reino Unido, Ofcom, diz que um de cada oito minutos de vídeo consumidos no país (incluindo cinema e outras ofertas offline) é visto no Youtube. A faixa etária que mais dificilmente votaria tory, os jovens adultos até aos 40 anos, está no Youtube, em média, uma hora por dia e passa outros 12 minutos em casa a ver vídeos do YouTube em tamanho ampliado nos plasmas que tem em casa.

Naftalina eleitoral

Hoje vamos falar de vencedores por muito, por pouco, ou por muito pouco. O Expresso passou um dia em Uxbridge e South Ruislip, o círculo eleitoral pelo qual Boris Johnson tem de ser eleito ou caso contrário não poderá formar governo, pelo menos não imediatamente depois das eleições; e outro em Kensington, onde a vantagem dos trabalhistas sobre os conservadores na última eleição foi de apenas de 20 votos, a margem mais pequena do país. Daí que este bairro londrino seja classificado como “supermarginal” nestas eleições.

Mas a deputada local, Emma Dent-Coad, não foi a única na História a vencer por tão pouco. Desde 1945, o recorde da maioria mais pequena está nas mãos de Stephen Gethins, do Partido Nacional Escocês (SNP). Ganhou o círculo de North East Fife, em 2017, com dois votos. Divide o primeiro lugar neste pequeno pódio com Mark Oaten, liberal democrata, que venceu Winchester, em 1997, também por um par de votos (literalmente). Por apenas três votos, o trabalhista Gwynoro Jones venceu em Carmarthen em 1974, e pela mesma margem venceu Harmar Nicholls pelos conservadores em Peterborough em 1966.

Quanto às maiorias que os primeiros-ministros em funções conseguiram nos respetivos círculos eleitorais, a situação de Boris Johnson, com apenas 5034 votos de maioria, é a mais periclitante para um primeiro-ministro desde 1924. Dos outros dois chefes de Governo conservadores atormentados pela União Europeia, até Margaret Thatcher conseguiu maiorias mais folgadas na sua circunscrição de Finchley (7800 em 1979, 9300 em 1983 e 8900 em 1987).

John Major, que sucedeu a Thatcher e hoje se revolta contra Johnson apesar de serem da mesma família política (Brexit oblige), conseguiu uma maioria de 36 mil votos no círculo de Huntingdon, em 1992. A última primeira-ministra, Theresa May, teve vantagem de 29 mil votos sobre o candidato trabalhista em Maidenhead em 2015 e de 26.500 em 2017. É a única ex-chefe do Executivo a candidatar-se em 2019.

Também os trabalhistas parecem mais amados nos seus círculos eleitorais do que Johnson em Uxbridge e South Ruislip. Tony Blair, nas eleições gerais que o tornaram primeiro-ministro, obteve uma maioria de mais de 25 mil votos em Sedgefield. Nas legislativas de 2001, a sua maioria caiu para 17.300 e em 2005 voltou a aumentar um pouco acima dos 18.400 votos.

Gordon Brown, primeiro-ministro trabalhista depois de Blair e deputado por Dumferline East e, em seguida, Kircaldy e Cowdenbeath (ambos na sua Escócia natal), venceu todas as eleições entre 1983 e 2010 (depois jubilou-se) com maiorias de entre 11 mil e 23 mil votos.

Sondagem do dia

O que é que o público tem retido dos manifestos apresentados pelos vários partidos? Do programa conservador o que se destaca é o Brexit, como seria de esperar. Uma sondagem do YouGov mostra que 43% dos eleitores sabem que o Brexit é uma prioridade dos conservadores, percentagem que sobe para 50% entre o público que votou leave. A seguir aparece a promessa de Boris Johnson de contratar mais enfermeiros para o serviço nacional de saúde (NHS), com 22% dos inquiridos a citarem esta como uma medida em destaque, exatamente a mesma percentagem que associa o NHS ao ‘Labour’. As políticas trabalhistas para resolver o Brexit não ficaram na cabeça dos britânicos, o que não surpreende dada a indefinição que o partido ainda não conseguiu dissolver. Apenas 15% sabem que Jeremy Corbyn prometeu novas negociações com a UE e, péssimas notícias para os trabalhistas em zonas europeístas, apenas 11% citam um segundo referendo como uma prioridade do partido.

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